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Exposições

1."Vire O Que Quiser" - 2017

Exposto no evento "Arregaaço 3" promovido pelo "Esculhambarte" no Tabernna Bar, em Francisco Beltrão - PR (2017). Esse "VIRE" não era apenas para virar quatro folhas sulfites coladas em Papel Paraná, costuradas com fita cinza e flores roxas. Esse vire é vire o que quiser e se quiser. Vire com respeito e não desrespeite ninguém. Uma palavra não pode traduzir tudo o que uma pessoa representa, a complexidade de um ser humano não deve ser traduzida dentro de um nome ou uma definição.

2."Espalhe Poesia" - 2018

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Em um mundo manchado por violências morais e físicas, eu sou um acreditador. Se alguém vem e escreve em mim: "amor é o suficiente", então eu passo a ser um pouco daquilo tudo. Se alguém leva um pedaço de mim, sem saber eu vou, posso estar colado no peito de alguém, ser lido em voz alta para outra pessoa ou jogado no chão do banheiro, não importa. Poesia não é só amor, é inércia e movimento. A vida é um eterno movimento. Não é sobre o quanto você já esteve machucado, ou se sentindo menosprezado ou deslocado (coisa que sobre o peso do mundo já escrevi sobre meus papéis), é sobre distribuir e receber um pouco de cada um e de si mesmo todos os dias. É poder fazer alguém se sentir importante dentro deste caos de desinteresse coletivo e egoísmo. É estar receptivo as críticas sem deixar de florescer em vida, não na morte. É ser transparente quando sente um punhado tão grande de sentimentos, dos mais variados, sem poder explicá-los, pois algumas coisas só saem por escrito no papel. É estar naquele brilho de alguém que usa a "CRUSHneta" para esparramar o bem. Dentre os 79 papéis escritos e os 79 em branco, eu sou grato. Sou cheio de minha própria matéria, tantas vezes escurecida, e completo por aquilo tudo que deixaram em mim (um coração ou um FORA TEMER). Nascer de novo, dentro da vida, e ter a chance de dizer muito obrigado! Amar na tempestade e no verão ensolarado, mas amar a tudo que vem e vai embora. Poesia é movimento e inércia! Agradeço a todos que interagiram e foram receptivos! E a todo espaço cedido para mim ir vestido daquilo que mais me escondeu todos estes anos, o universo escrito.

Foto: Gabriel Sartori

3."Ato Político de Amor" - 2018

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Somente eu e mais eu e a caneta, com todas as anotações dentro da pasta "Nunca Mais Abrir". Microfone na mão, a dor sobre o corpo, por matar a mim mesmo sem pensar em mais nada, o último ato político de amor. Na 5ª Quinta Autoral, no Bodeguero (Pato Branco) dia 22, comprei mais uma pedra simbólica, um olho de tigre catastroficamente redondo. Enrolei meus cabelos e encurtei a ficção, cansado da escrita conotativa. Recitei meus versos, e me orgulho deles. Só se prega sobre o amor comum dos livros. Não se atinge outro alguém quando o amor é sincero. Não se reduz maquinalmente ao jogo de palavras ensaiadas e pensadas, quando o outro alguém não nos é conhecido. Porque o que vejo não é um ato político humano nas ruas e nos corações, é um ato irracional de baderna. Nem todo mundo quer amar (e tem este direito), nem todo mundo quer sonhar (e tem este direito), nem todo mundo quer bater panela. Alguns só querem aparecer na televisão, ter seu espaço nas mídias e virar influenciador digital, "evoluído". Ninguém pede para amar, para morrer e ressuscitar, em um domingo de Páscoa. Não me afetam mais gritos, nem memórias, nem frases de impacto e bestiais. Não é meu estigma, nem minha persona, são as minhas córneas dando piruetas, minhas pupilas cheias de borboletas e a minha meditação guiada dizendo: "FORA", "FORA", "FORA". É o décimo arcano do Tarot com seus seis raios. Microfone na mão, a dor sobre o corpo. Não é retornar para o mesmo estado de matéria, resiliente. É sobre expandir a matéria inicial gritando "FORA". Eu não sou a existência de um copo vazio com remédios.

Imagem: http://osroletaoestranho.tumblr.com/

4."Trilogia do Desapego" - 2018

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Vibe Maravilhosa + Pessoal Talentoso! 1°Sarau Syntax - Pato Branco (11 de Abril de 2018) 

(Em CENA Brain e Sally)
Brian: Diga-me porque fez isso.

Sally: O que posso dizer? Você já disse de uma forma ou de outra.

Brian: Sally, por favor. Eu preciso saber.

Sally: Okay. Eu sou egoísta, sem consideração... E qual era o terceiro adjetivo? Oh sim, e eu tenho essa fantasia infantil de que um dia vou viver sendo atriz. Oh Brian, uma cabaninha besta em Cambridge? Um berço no quarto, fraldas no suporte de toalhas... Quanto tempo duraria até começarmos a nós odiar? Quanto tempo duraria até eu começar a dar minhas escapadas me desgraçando no Pub mais próximo? E quanto tempo levaria antes de...?

Brian: Antes de? Diga. Você já sabe agora.

Sally: Esqueça, apenas esqueça.

Brian: Eu entendo (Pausa).

Sally: Bri... Brian, eu realmente te amo.

Brian: Sim. Sim, eu acho que sim... Eu acho que você me ama. (Pausa) Você. Você, está bem?

(Sally visualmente transtornada acena positivamente com a cabeça)

Brian: Tem alguma coisa que eu possa fazer... Por você?

Sally (rindo aliviada entre suspiros, com um semblante mostrando o contrário): Eu só acho que tenho que dormir.

(Brian sai do quarto e Sally cai para trás sobre um travesseiro dizendo: oh, merda!)

1. Vinicius Borboleta 
2. SALADA de ESCORPIÃO
3. Nebulosa Camomila

Imagens: SINTAX - FACEBOOK

5."Vídeo - Amy Waves" - 2018

(OBRA DE FICÇÃO, até que se prove o contrário)

Lá vem aquele palhaço, que precisa ser queimado e lixado em praça pública! A própria loucura personificada. Loucura? “Não sou pioneira nessa arte de cativar admiradores. [...] Tudo que soa totalmente estranho encontra receptividade e recebe aplausos”. Posso ser a loucura, mas não sou louca pelo menos, de me gratificar pelo nome que carrego do meu avó, pai ou antepassado. Minha nobreza vem de gestos que todos acham indigestos e tão ultrapassados, mas que tornam a vida de qualquer um suportável. “Quanto menos motivo existe para viver, mais o louco agarra-se a vida”. O relógio na parede me diz que é tarde, porque passou um punhado de tempo. Mas no presente e neste exato momento, o coração é de coelho e leve. Abri o sorriso para o dia frio sem reclamação. Talvez porque alguém me deu a vida e não o coração, eu que não sabia bem ao certo o que estava querendo. No futuro? Ninguém me contou, ninguém ficou sabendo. O relógio na parede não conta o tempo que passou, nem o tempo que está chegando. Se o tempo é fluido e líquido para o ser humano... Pense um pouco e seja mais doce, orgânico e duravél (como mel). Não solidifique sentimentos, pessoas e fatos. Deixe-os fluir e serem inconstantes e nada exatos! Amor não é objeto, ninguém é um objeto, para ser quantificado e não qualificado. Lá vai aquele palhaço! Agarrado em palavras que parecem sólidas mais são cheias de vida. E ele então aprendeu que a perfeição e o tempo eram feios. Que papel não serve apenas para lastimar e escrever drama, que um homem completo é muito mais do que uma roupa lavada, comida na mesa, sexo na cama. Um homem de verdade não precisa nem ser um homem. No passado, presente ou futuro, a palavra colhida, é a mesma palavra que foi e sempre será plantada. Todo dia um céu azul diferente, o mundo pode ser um lugar real que lhe desprende, que tira seus pés do chão e o leva para as alturas... Não é Bauman, nem Rotterdam, nem o palhaço que sou... É o seu tempo, a sua vida, o que você sempre pensou... Tire os pés do chão e flutue. Se o tempo moderno é liquído, isso não significa que você deva seguir esta fórmula ou ser um sujeito sólido e degradável. O relógio na parede sempre me diz que é tarde.... Mas, eu não sou o relógio da minha parede, talvez nem mesmo seja moderno. Como ainda podem queimar alguém na fogueira? Tira o filtro, a frase pronta, o corretor do celular e vai sem medo...

By: Vinicius Osterer, 11 de Agosto de 2018. “O Senhor da Madrugada”
(PAST) (PRESENT) (FUTURE) TIME.

6."Avenida Coração" FUCA - 2018

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Texto bom é aquele que sai do papel, rompe a página de um livro, sai da tela de um computador ou celular, passa a ser menos encenação e pensado, menos monólogo, menos teatral e ensaiado.

Para quem eu quero provar que sei de alguma coisa? Preciso mostrar e obter respeito pelo que faço, e não por aquilo tudo que eu sou? E quando apagam as luzes, fecham as portas e somem os efeitos?

Não parava para pedir o que habitava o silêncio de perguntas que nutriam projeções de mim mesmo por todos os lados. Em terra de egos, ninguém olha mais para ninguém. E quando dessabei, ah!... Me perguntei o que estava fazendo, por que diabos não chorei quando minha mãe partiu, quando ganhei o diagnóstico da minha doença, quando ele foi embora com outro viver sua nova aventura? Por que não chorei, não sorri, não disse, não pedi ajuda?

Eu gritei comigo mesmo:
- Diga por você o que quer dizer, sem um discurso de rede social, porque não é sobre nós mesmos quando alguém nos procura sofrendo...


Estava sentindo fora do papel. Precisava da deixa de fala para continuar um diálogo. Sentia sim, meu peito desmoronar, morri de amor sim por um homem tão simbólico, inspirador. Aprendi a amar sem ser por escrito. Estava confundindo as pessoas... Quem ama é o Senhor da Madrugada? Ele ama o personagem que cria? Quem ama sou eu. O personagem é o personagem. E “você” é você. Rompi a porcaria de não dizer que amava, que eu não era apenas um homem e ponto, que não me fazia falta. Porque eu sou tudo isso, e como você fazia falta. Eu não queria ser o “Senhor da Madrugada”. Eu também poderia ser o silêncio e a distância, porque eu estava aprendendo a ser plural, mil e um dentro de mim mesmo, e espontaneamente dizer minhas falas, não como um derrotado, nem como um escritor, mas apenas um homem de vinte e cinco anos. Não são todas as pessoas que realizam para si mesmas um trabalho de parto mental. Vivem por tanto tempo criando uma ideia do que são para os outros, gastando tempo e energia, que esquecem de criar uma ideia de si mesmos. Esquecem do fenômeno do caos e da Entropia. EU senti saudades, EU senti amor, EU senti ausência, EU senti tudo quebrar por dentro, EU senti alegria, EU senti inferioridade, senti erro, senti covardia, desperdício, tristeza, ódio, EU gritei! EU bebi! EU fui para outra cidade e voltei milhares de vezes, EU menti, EU vivi, EU fiz, coloquei a forma sem projeção, escrevi um punhado de coisa sem sentido e sem razão, EU chorei e não foi pouco (meus olhos de cachoeira), mas quando me ergui... Descobri que cumpri todas as minhas promessas. Este parágrafo por exemplo, era o tal do dicionário dos sentimentos que sentiria por você. O Senhor da Madrugada? Não me procure por isso. Eu ergui o amor, e sobre ele farei minha cama de flores. Eu não posso voltar no tempo, mas garanto que mudanças para serem consistentes precisam dele. Eu me propus a mudar na sua ausência.

(Vinicius André, Outubro de 2018)
Imagens: 
Indy Soh Click
(FUCA, 2018)

7.We Can Be Heroes - 2019

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8.Marcha LGBTQ (PB) - 2019

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